quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Love?

É irônico como certas revelações aparecem na vida da gente. Sempre fui um crítico da cristandade - ou pelo menos desde que abri os olhos para suas hipocrisias e genocídios. E é estranho que um livro escrito por um padre, no mínimo cioso dos problemas de sua igreja, seja dedicado ao amor. Mais: estou lendo esse livro e refletindo com ele.

O livro é uma reflexão sobre o único mandamento do Cristo ( e certamente o mais descumprido de todos) "Amai ao próximo como a ti mesmo", de acordo com o evangelho de São João Batista.

"Amor"
Vago por estas terras sem uma noção exata do que isso pode vir a ser, ou significar. Afinal, o que é amor hoje, no século XXI? Aparentemente, é algo trabalhoso - exaustivo, devo dizer -, sinônimo de sofrimento, já que na maioria dos casos não é (e não será) correspondido, ou então idiotice quando se mostra em atos de auxílio ao próximo.

Eu também passei a pensar assim. Não "amo" mais meu pai, devido a sua traição (ele saiu de casa, e até hoje é incapaz de fazer alguma visita procurando saber como eu estou, ou como minha mãe está). Mesmo pra minha mãe, apesar do motivo ser diferente (minha mãe foi e é uma pessoa muito ausente. Raramente a vejo, e quando acontece, tem uma chance em três de rolar briga).

Então... eu sei amar? Sei o que é amor? Duvido muito.
Ajudei ao próximo. E isso, segundo as pessoas que me rodeiam é meio "inquestionável". Mas eu sempre esperei algo em troca. E agora eu sei o que era: consideração.

E, pelo contrário, o que eu encontrei foi um grande vazio. E hoje, o produto das minhas ações já não me traz conforto... Deixei de ficar feliz com estas pequenas coisas... e fui deixando de fazê-las. Talvez parte da minha amargura advenha disso. Somado a inveja que tenho dos meus colegas e amigos que não precisam fazer esforço pra ter gente perto deles/delas e da minha dificuldade em conhecer pessoas novas.

E percebo agora que... boa parte das pessoas que se aproximaram de mim antes foi por causa do meu cérebro. Conhecimento que tinha (TINHA) na época de escola e não me importava em dividir. Não as culpo. Não sou uma pessoa magnética. E além disso, que outras coisas eu tenho pra oferecer?

Oferecer. Nossos convívios se resumem ao que o outro pode oferecer, e estamos longe de mudar isso. Quer dizer, até a própria Igreja usa seus pares de acordo com o que eles tem pra oferecer. E neste ínterim, quando leio sobre ágape, amor caridoso e incondicional, noto com muito pesar  que cresci e deixei esse mundo me contaminar. Percebendo isso, me isolei - afinal, se é a única coisa que pode fazer é machucar o próximo, é melhor não conviver.

Por fim, Nietszche tava certo. Jesus foi o único cristão de verdade. Seguir seus passos é impossível. E a este Deus que se mostra na face do amor, eu pergunto e faço um pedido: O Senhor olha por nós? Se sim, nos perdoe. Depois de 2000 anos, não sabemos o que fazemos.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Aos mestres

É no mínimo engraçada essa nossa sociedade...
Certo, disso estamos todos carecas de saber. MESMO. Mas especialmente hoje eu tive mais uma  - cínica - prova disso. Chegando em casa pela tarde, encontro a televisão ligada, na emissora que não deve ser nomeada, exibindo um programa especial sobre o dia dos professores.

Ceeerto... Quer dizer, não basta querer criminalizar/marginalizar/deslegitimar a greve dos professores do Rio de Janeiro, e ainda quer pagar de santa? Me desculpe, esse desserviço não funciona aqui; tenho um pouco de amor aos meus neurônios.

Ok. Professor nesse país parece que "vem ao mundo" pra se lenhar. Brasil é o peníltimo país no ranking de valorização dos professores; têm um salário de morte; tem que lidar com alunos mal educados todos os dias (e pais mais ignorantes que os filhos); condições de trabalho extenuantes e que normalmente o fazem atuar em áreas que não são de sua competência (o professor que nunca deu uma de psicólogo que atire a primeira pedra) e basicamente NADA que regimenta/regulamenta o ofício de professor. Sim, é isso mesmo que você leu. O documento-mor sobre as diretrizes da educação deste país - vulgo Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) - não fala nada sobre os professores. NADA.

E quando chega no fatídico dia 15/10, somos elogiados. Temos nosso dia de herói.
E segundo algumas línguas mais otimistas devíamos festejar o fato de sermos lembrados pelo menos em um dia do ano.

Tá de sacanagem.

"Não há imperadores sem professores", nos lembra o ditado japonês. Professores não são robôs que depositam na cabeça dos alunos o que eles "precisam" saber e depois somem. E além disso, antes de formadores de opinião, somos também formadores de personalidades. Formamos pessoas de um modo mais holístico do que se imagina. Aos meus professores, por exemplo, não devo apenas as coisas que aprendi. Devo a eles, a pessoa que eu escolhi ser hoje. Nada menos do que isso. Todos os dias que eu acordo, me levanto e encaro a rotina de estudar História, carrego comigo tudo o que estas mulheres e homens me ensinaram e continuam ensinando.

E aí, não lembro apenas dos meus professores em termos de educação formal. Meus mestres de Judô, Jiu Jitsu e Karate também fazem parte disso. Em última instância, saber que posso treinar com eles, é saber que eu estou no caminho correto.

E quando os alunos agradecem aos professores viram puxa-sacos.
Radikal. Vou até bater uma palma aqui.

Enquanto escrevo este texto, no RJ temos uma das maiores greves de professores, com ajuda frequente dos Black Blocs, já que a PM esqueceu que teve professores quando eram crianças e adolescentes (falando nisso, essa PM não se respeita mesmo, nem respeita os outros né?). Isso pela razão de que o plano de carreira em trâmite reduz drásticamente os proventos dos professores... sem ao menos os professores serem consultados. E como se não bastase colocam a polícia pra reprimir manifestações dos professores contra o novo plano salarial.

Mas e aí? Dia dos professores é só o dia 15/10 ou todos os dias que você lembra que aquele que agora lhe ensina, caminhou uma vida inteira pra estar em sala de aula lhe ensinando?

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Chuva

Hoje choveu, e não foi pouco - na verdade, ainda chove enquanto escrevo.
As aulas na faculdade começaram na segunda feira, e eu que não tive férias, estou apenas querendo um descanso "digno".  Não vou achar tão cedo.

O dia hoje foi normal. Aulas, xerox, casa. Um bate papo com uns amigos aqui e ali... umas risadas e nada mais.

Chuva. Eu não gosto quando chove. E não é apenas pelos óbvios inconvenientes que este fenômeno traz pra cidade de Salvador. A mente viaja e eu não fico no mesmo lugar. O peito aperta. Me traz más lembranças. Vontade de chorar.

Chuva me faz triste. Me faz me sentir só.
Mais do que o normal.

E aí há um desleixo da minha parte. Eu abri a guarda.
Me lembrei da época que isso não me afetava tanto. Meu desejo de ser forte - e de ser sozinho - me endureceu. E apesar da aorrogância que veio junto com a rigidez, eu não era tão mole. O vento frio era minha (única) companhia, e eu não me sentia tão... dependente.

O tempo passou. Eu mudei. Passei a dar um pouco mais de espaço pra outras pessoas. Aprendi a conviver... ou meramente me misturar. Acreditei na conversa fiada de que eu fazia falta pra alguém.
Furada.

No fim das contas as pessoas precisam de mim na medida que sou útil a cada uma delas. Eu devia era passar o rolo compressor por cima de cada uma.
Não consigo. Pelo contrário, ainda pergunto se tá tudo bem.

Cedi às pessoas, e fiquei dependente afetivamente delas, quando sempre julguei impossível. Afinal, eu já devo ter repetido mentalmente umas mil vezes que eu não sei amar ninguém. Agora solidão toma conta; algum choro fica entalado na garganta querendo sair (e por razões óbvias não sairá). Eu sigo como se nada estivesse acontecendo, mas está (se eu sei o que é, são outros quinhentos).

A chuva continua a cair. Faz tempo que não me sentia assim, inundado por dentro. Afinal, deve ser por isso que eu odeio a chuva. O céu faz o que eu deveria fazer, mas não consigo: deixar a lágrima rolar.

Alguém pode, por favor, parar a chuva?
Eu não aguento mais.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Sansara

Nesses últimos dias andei notando um negócio estranho. Em primeiro lugar, minha mãe gostando de cara dos meus novos amigos. Isso é tipo... @_@

Zueiras a parte, notei que uma parte da minha história de vida está se repetindo. Sério.
A cinco anos atrás, eu estava no CPM ainda. No IIIº Ano pra ser exato. E apesar dos múltiplos pesares - se eu pudesse, guardaria apenas meu último desfile na lembrança, mas tenho boa memória pra coisas ruins - , foi uma fase em que consegui conhecer mais pessoas, andar mais com alguns colegas e amigos. Curioso que isso tenha acontecido... às vésperas de eu botar os pés pra fora do lugar.

Cinco anos depois, I Encontro Nacional do Grupo Vivarium. Um Robson mais amadurecido (há INÚMERAS controvérsias), se vê apresentando sua pesquisa - no mínimo irreverente no campo da história - e com gente elogiando (??????? Juro, não consigo processar isso, apesar de me deixar feliz). Mais do que isso, gente indo me ver. Me apoiando. Quer dizer, isso não é ser amigo?

A coincidência começa, quando eu me lembro que - querendo ou não - eu tô pra formar. Ao que parece, eu só consigo fincar raízes num lugar quando estou pra sair dele. Ou só vejo/encontro (muitas) pessoas que "são parecidas comigo" muito tarde, ou só me sinto a vontade depois de muitos anos. Por isso coloquei o nome "Sansara". Ela é conhecida como "A Roda das Encarnações" para os budistas. Aquelas pessoas com a vida desequilibrada - tanto para o bem, como para o mal - entrariam neste ciclo infinito de encarnações até atingirem o equilíbrio. Me pergunto se vai ser assim quando eu trabalhar, já que eu nn tenho controle sobre porra nenhuma, a não ser as minhas ações (que são o mesmo que nada). E as vezes, nem isso.

Enfim.

Minha mãe me falou no fim da apresentação do meu trabalho, que o povo era meio "estranhinho" mas era todo mundo legal. Eu respondi que são esses "estranhos" que são os melhores. Não ando com todos eles como gostaria. Mas gosto de passar esse - pouco - tempo com eles.

Às pessoas que conheci nesse intervalo 2012~2013.

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Caminho Suave

Da série "(re)apresentações", vou falar um pouco das coisas que eu faço.
E esse post vai sair meio grande, afinal 12 anos não são 12 dias.

Basicamente o Judô surgiu como uma alternativa aos antigos estilos de Ju Jutsu (pra decepção dos meus amigos do Jiu Jitsu: este nome não existe. "Jiu Jitsu" nada mais é do que uma forma abrasileirada de se falar Ju Jutsu. Para maiores esclarecimentos, procurem o dicionário Micaellis de Português - Japonês/ Japonês - Português.) que existiam no Japão.

Estes antigos estilos caíram em descrédito e desuso depois que o Japão - forçosamente - passou a interagir com nações estrangeiras, no fim do século XIX. Jigoro Kano, mestre fundador do Judô, teve a oportunidade de estudar fora, e quando voltou, graduou-se na Universidade Imperial do Japão. Além disto, treinou quase todos os estilos famosos de Ju Jutsu, e os combinou com os fundamentos científicos europeus do século XIX, o conhecimento acadêmico de seu nível superior de educação e um código de conduta que hoje é muito conhecido, mas à época, entrou em esquecimento: O Bushido.

Enfrentando uma série de preconceitos e de represálias, estabeleceu o Judo Kodokan (seu "dojo") em 1882. Alguns anos depois (não, eu não vou olhar a wikipedia pra saber que ano foi), a arte marcial galgaria seus primeiros passos para a fama após vencer um torneio organizado pelo departamento de polícia de Tóquio para saber qual arte deveria ser ensinada para os policiais japoneses. O Judô obteve uma vitória esmagadora.

O esporte chegou ao Brasil por volta da primeira década do século XX, pelos ensinamentos do mestre Mitsuyo Maeda (vulgo "Conde Coma". Ele também foi o responsável pelo treinamento da família Gracie, e de certa forma, "padrinho" do Jiu Jitsu Brasileiro). Se tornou modalidade olímpica em 1964, mais de 20 anos após a morte de Jigoro Kano (Mestre Kano faleceu no final da década de 30 do século XX. 1938, salvo engano, depois de voltar de uma série de conferências no Cairo).

Calcado numa base filosófica-moralizante muito forte, advinda do Bushido, o Judô conquistou seu espaço perante a sociedade. Ou pelo menos é o que dizem., já que o carro chefe desse país tupiniquim é o futebol, e o judô é tido como "esporte de viado", pelo contato físico sem golpes de contusão. Mas lidem com o fato: é o esporte que traz mais medalhas pro Brasil em olimpíadas, e com a nítida excessão de Aurélio Miguel, você não vê judocas procurando problemas/confusões/brigas por aí. Somos antes de qualquer coisa, disciplinados e educados.

Agora que eu entro. Comecei a fazer judô em março de 2001, salvo engano. Kimono cedido por um amigo que eu infelizmente nunca mais vi. Não vou dizer que me apaixonei pelo esporte nesse momento. As dificuldades de aprendizado são inúmeras pra quem está começando e comigo não foi diferente (eu não consigo aplicar nenhum golpe de forma perfeita até hoje, só pra dar uma noção). O alívio só começou a aparecer a medida que eu fui graduando e fui vendo gente nova entrar no esporte e demonstrar as mesmas dificuldades que eu, ou até mesmo dificuldades maiores que as minhas. Paciência. Eu já estava graduando, e procurava ajudar.

Mas, a medida que eu fui avançando... não sei se é paranóia minha, mas eu fui piorando. E fui descobrindo de uma forma bem amarga que eu detesto competições. Pelo menos as de judô. Enfim, fact is, eu fui e sou o pior do meu dojô. Comecei a estudar a história do esporte pra me dar algum diferencial, e fui descobrindo coisas LINDAS sobre o esporte, mas que não significam porra nenhuma pra qualquer outra pessoa. Ou até acham bonitinho, mas sempre perguntam quantos torneios/lutas eu ganhei.

E foi numa dessas, num desses inúmeros contos de falhas que resumem minha vida, que eu abandonei o esporte por dois anos. Inclusive foi uma época tão bizarra que eu cheguei a pensar em suicídio. É. Isso que você leu. Devido ao fato de que... o Judô nessa época era a única coisa que eu gostava de fazer, e simplesmente a cada treino eu só piorava. Ia pra competições... e perdia. Feio. Virou um ciclo vicioso, no qual minha família simplesmente esteve ausente o tempo quase todo. E quando não tava ausente, tava atrasada. Eu devia ter 15 anos nessa época.

Dois anos depois, quando eu consegui "superar" o problema (ou apenas esquecê-lo por um bom tempo), eu voltei. Devagar. Sem esperança nenhuma. Mas voltei. Meus amigos que eram um pouco mais graduados do que eu já eram faixas pretas. Não vou ser hipócrita e dizer que eu fiquei FEEEEEEEEEEELIIIIIIIIIIIIIIIZ por eles. Mas também não os invejei pela posição. Paciência.

Foi mais ou menos nessa época que eu comecei a me interessar pelos pricípios filosóficos do Judô. Talvez como uma panacéia para os meus problemas, ou então aquela galera à beira do desespero que encontra a bíblia. E comecei a descobrir um sem número de coisas.

O Judô não foi criado pra ser um esporte combativo. A finalidade do judô é construir uma sociedade melhor a partir da criação de um senso de esforço individual voltado para bem o coletivo, por meio da prática esportiva. Levei pouco a sério e comecei a tentar treinar pra melhorar. Correr na rua, fazer academia... Sem sucesso. Mas mantenham isso em mente.

O tempo foi passando, e a sensação de desconforto foi aumentando. Um dejá-vù da minha vida de judoca aconteceu. Tentei não me deixar abater. Meu mestre permitiu que eu graduasse pra marrom só com seis meses de faixa roxa, e deixou eu fazer o exame pra faixa preta no ano seguinte. Meus estudos aumentaram. Cheguei até a competir, e consequentemente me desiludi.

Na verdade, a força sobrepujou a tecnica no Judô, quando os princípios do esporte dizem o contrário. Chega de mimimis, ilusões ou seja lá qual o nome que você queira dar: ou você tem um trabalho físico filho da puta, gastar MUITO dinheiro com a certeza de que você não vai ver nenhum centavo que você investiu de volta no seu bolso (as competições de judô, além de serem custosas, não dão prêmios em dinheiro. Onde as federações estaduais investem essa grana é uma pergunta interessante), ou você vai ser um nada. Nada mesmo. Ás vezes eu brinco dizendo que na época que meu mestre competia, o mais forte vencia por quê todos eram muito bem preparados tecnicamente. Hoje, vence o mais técnico. Por quê todos estão fortes. Mas espera aí. Judô não deveria ser o predomínio da técnica e da habilidade sobre a força? Pois bem. Tenho um bom tempo vestindo kimono e até hoje não vi isso. E nem tive condições de fazê-lo.

A parte filosófica do judô não é nem valorizada por quem pratica (competitivamente). Só querem saber de competir, competir e competir, quando a arte NÃO FOI CRIADA PRA ISSO. Jigoro Kano proibiu os alunos dele de competir sem a sua autorização, e a única permissão que se tem notícia, foi a que possibilitou a entrada do Intituto Kodokan no torneio do Dep. de Polícia de Tóquio. Este foco excessivo em competições e em resultados obscurece o esporte. Não é d'agora que ouço notícias sobre uma "queda do Judô". Quer saber o que eu acho? O judô tá em franca queda livre por quê existem Illias Illiadis, Toshihiro Koga, Felipe Kitadai. Por quê o foco é nessa galera. O foco é nas competições, patrocínios, dinheiro que não chega na mão do atleta. O foco está sendo em "se preparar para lutar." e não "Lutar para se preparar".

Irônico é ver esse Judô-força e lembrar que quando mestre Kano assistiu a uma luta de Judô, depois que se afastou da Kodokan as palavras que ele disse, mediante o excesso de força utilizados pelos combatentes foi: "Este não é o Judô que eu criei." Tanto que, força por força, comecei a treinar karate.

Afinal, quando você diz que é "faixa preta", não pensam em você como uma pessoa equilibrada e disposta a fazer o bem e se diferenciar em virtude disso. O que pensam é: ele ou ela é bom/boa de briga. E agora, cá estou eu, faixa preta. Nunca tive nenhuma vitória em competições. O que eu tenho é um cérebro em bom estado proporcionado pelo Judô, disposto a colocar em cheque toda esta estrutura que no fim das contas não beneficia ninguém. Mas alguém realmente se importa?

Em virtude dessas decepções e da falta de auto respeito - sim, eu andei me forçando a treinar nesse ano quando na verdade eu não queria. Precisava descansar pra fazer as coisas bem feitas. Me ceguei, e quem pagou o preço não foi só eu - estou voltando a considerar dar um longo hiato, ou parar de vez.

O Judô já foi minha panacéia. Minha resposta. Até hoje é minha disciplina. Tanto que é, juntamente com o Karate, as artes marciais que eu recomendo pra se colocar crianças em idade escolar. Disciplinam e educam como ninguém e os professores mais velhos fazem questão de colocar isso na vista dos pais que levam seus filhos para conhecer a arte.

Mas hoje, por causa dessas razões e outras inerentes a minha pessoa... Virou meu estresse. Minha raiva, e a certeza de que eu posso conseguir ser bom em algumas coisas na minha vida. Menos nisso.

domingo, 22 de setembro de 2013

Reboot

Na verdade... Eu tenho esse blog desde 2010. Eu desisti de postar por quê não estava mais conseguindo escrever nada. Pois bem, três anos se passaram, pouca coisa mudou de lá pra cá... e parece que consigo organizar minha mente de novo pra escrever.

Mas, primeiramente, deixe eu me apresentar (de novo?).
Meu nome é Robson Freitas Cerqueira da Paixão, tenho 21 anos. Estudo História na Universidade Federal da Bahia, e vou começar o décimo semestre em outubro. Pretendo me especializar em Idade Média européia, mais especificamente na cavalaria medieval e suas representações contemporâneas.
Antes disso, tive minha formação (ensino fundamental e médio) pelo Colégio da Polícia Militar.

Entre um livro e um artigo, eu visto meu kimono e vou treinar. Sou faixa preta primeiro dan de Judô, e faixa vermelha de Karate, e apesar dos problemas que eu comecei a ter com os esportes (principalmente com o Judô), eu gosto do que faço, ou pelo menos não faço cara feia pra treinar.

Sou viciado em video games, especialmente RPGs. Tenho um PS2 aqui, e dois emuladores no computador (Nintendo 64 e Game Boy Advanced). Tendo a achar que boa parte dos games nos últimos 20 anos estão melhores que muitos livros por aí, mas paciência. Talvez eu escreva sobre isso noutra oportunidade.

Falando sobre livros, eu gosto de ler, mas nesses últimos 5~6 anos tenho lido muito pouco por diversão. Textos e mais textos pra ler. Mas enfim. Tenho preferências por coisas ao estilo Harry Potter, The Lord of the Rings e afins. Ando querendo ler muita coisa, inclusive o próprio Tolkien - sim, eu não li Tolkien ainda. Sério. Bem como eu não cedi ao hype de Guerra dos Tronos. Me julguem.

Em termos musicais eu gosto muito do Metal e suas 5468321348613212 mil variações. (E não, eu não estou assistindo o Rock in Rio.) As bandas que mais escuto ultimamente são Linkin Park, Disturbed, Rev Theory, Shaman e Breaking Benjamin.

E... é isso. Passo a maior parte do tempo na rua, sozinho, estudando. Poucas vezes estou com meus amigos. Quando não é isso, estou em casa, trancado no quarto. Saio muito pouco, e vejo cada vez menos motivos pra mudar isso. De vez em quando eu vou rabiscar alguma coisa aqui. Tentar desabafar, já que eu não consigo me expressar bem com pessoas. Pretendo escrever sobre outras coisas também, já que graduar em história querendo ou não muda sua forma de ver muita coisa, e te deixa estressado com mais coisas ainda.

Enfim, é isso.
Eu acho.